Sala de Origami

quarta-feira, novembro 14, 2012

Contando Passos

Ingenuidade a gente achar que consegue apagar de dentro da gente alguém que é tão especial.
Que é só escolher deixar morrer e pronto.
Quanto mais eu tento evitar pensar, mais eu penso, mais falta eu sinto.
E já não bastasse acontecer durante os meus dias, invadiu minhas noites.
Não adiantou, pra mim, apagar das redes sociais, apagar o número no meu telefone, evitar olhar nossas fotos e pedir a nossos amigos que não comentem nada a respeito.
Tenho sonhado com você todas as noites e acordo com o peito apertado, o estômago revirando.
Sou eu quem não quer esquecer. Eu quem minto pra mim mesmo ao dizer que deixarei você morrer em mim.
Saio na rua com medo de te encontrar. Quando vejo algum carro igual ao seu, meu coração dispara.
Eu sinto sua falta. Todos os dias sem exceção. Não sei o que fazer com tanto amor que guardei pra você e foi intenrompido.
Tínhamos prometido que superaríamos isso juntos. Mas o que me parece é que um de nós já "venceu a corrida" e o outro ficou no meio do caminho, contando os passos, idolatrando cada pegada que foi deixada para trás.

sexta-feira, novembro 09, 2012

As Flores do Jardim da Nossa Casa

As flores do jardim da nossa casa
Morreram todas de saudade de você
E as rosas que cobriam nossa estrada
Perderam a vontade de viver


As coisas que eram nossas se acabaram
Tristeza e solidão é o que restou
As luzes das estrelas se apagaram
E o inverno da saudade começou

As nuvens brancas se escureceram

E o nosso céu azul se transformou
O vento carregou todas as flores
E em nós a tempestade desabou

Eu já não posso mais olhar nosso jardim

Lá não existem flores, tudo morreu pra mim
Não posso mais olhar nosso jardim
Lá não existem flores, tudo morreu pra mim


Mas não faz mal
Depois que a chuva cair
Outro jardim um dia
Há de reflorir

Obs.: Letra de Roberto Carlos, mas ouvir com Maria Bethânia.

sexta-feira, novembro 02, 2012

Morreu.

Hoje tomei uma difícil decisão. Pautada não apenas no que sinto, mas na forma com que temos lidado com isso.
Detesto curtir foça. Confesso.
Hoje decidi deixar você morrer. Não vejo outra solução. Ainda não consigo, infelizmente, ser indiferente e agir politicamente como se tudo o que passamos fosse só uma lembrança boa dentro de mim.
HOJE.
Depois de não conseguir chorar, decidi que hoje me forçarei a isso. Quero chorar você pra fora de mim.
Às vezes ver a facilidade com que você superou tudo me dói. É egoísmo, até por que só consigo enxergar o que você transparece, o que você me diz. Sei que uma parte de mim quer te ver feliz, mas se eu disser que ver sua independência, ver você se tornar uma outra pessoa é saudável, estaria mentindo pra mim mesmo.

De certa forma sua indiferença vai até me ajudar a superar mais rápido, mas não posso dar prazos.
Hoje eu decidi deixar você morrer. Ou decidi matar você dentro de mim. Pra que um dia, como Fênix, possa renascer.
Só então conseguirei lembrar de tudo o que vivemos como algo lindo e distante o suficiente para não me sangrar cada vez que você insistir em ocupar minha mente.
Ouso roubar suas palavras para fazer delas as minhas, pois são as que melhor traduzem o que sinto agora:

"E que aqui, na terra, as lágrimas sirvam para aguar as flores que a gente ainda quer ver brotar e arrancar cada uma das pétalas torcendo pra que, no final, só nos reste o bem-me-quer."