sexta-feira, novembro 02, 2012

Morreu.

Hoje tomei uma difícil decisão. Pautada não apenas no que sinto, mas na forma com que temos lidado com isso.
Detesto curtir foça. Confesso.
Hoje decidi deixar você morrer. Não vejo outra solução. Ainda não consigo, infelizmente, ser indiferente e agir politicamente como se tudo o que passamos fosse só uma lembrança boa dentro de mim.
HOJE.
Depois de não conseguir chorar, decidi que hoje me forçarei a isso. Quero chorar você pra fora de mim.
Às vezes ver a facilidade com que você superou tudo me dói. É egoísmo, até por que só consigo enxergar o que você transparece, o que você me diz. Sei que uma parte de mim quer te ver feliz, mas se eu disser que ver sua independência, ver você se tornar uma outra pessoa é saudável, estaria mentindo pra mim mesmo.

De certa forma sua indiferença vai até me ajudar a superar mais rápido, mas não posso dar prazos.
Hoje eu decidi deixar você morrer. Ou decidi matar você dentro de mim. Pra que um dia, como Fênix, possa renascer.
Só então conseguirei lembrar de tudo o que vivemos como algo lindo e distante o suficiente para não me sangrar cada vez que você insistir em ocupar minha mente.
Ouso roubar suas palavras para fazer delas as minhas, pois são as que melhor traduzem o que sinto agora:

"E que aqui, na terra, as lágrimas sirvam para aguar as flores que a gente ainda quer ver brotar e arrancar cada uma das pétalas torcendo pra que, no final, só nos reste o bem-me-quer."