sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Era uma vez...

E lá estavam eles, como se nunca tivesse sido diferente. Como se nunca tivesse deixado de ser.
A verdade é que nunca deixou, mas agora já eram pessoas diferentes.
Alguns meses de autocontrole já não representavam mais nada, não estava mais nas mãos de um ou de outro.
Toda o conforto da intimidade, agora intensificado pela delícia da novidade. Tentador.
Não pensaram no depois. Não importava. Havia mais em que pensar e só isso já era o suficiente pra tornar ambos cegos e transferir a outros sentidos toda a força vital presente.
Intenso... intenso de uma forma especial, avassaladora.
A maçã já havia sido mordida, que diferença fazia comê-la toda ou não?
Um misto de emoções fez rodar do teto até o chão.
Escorreu para dentro como uma bebida forte, em uma dose demorada que causa taquicardia e que torna embriagado de imediato.
A facilidade da embriaguez nunca lembra da ressaca no dia seguinte.
De que isso importava? Era mais uma vez como foi sempre foi, só que de uma forma como nunca foi.
Restou que digerissem, cada um de sua forma, a sua maçã no dia seguinte.

2 Comments:

Blogger  said...

Este comentário foi removido pelo autor.

6:13 AM  
Blogger  said...

Losing my head, spinning round and round... And who cares baby?

6:22 AM  

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