terça-feira, agosto 27, 2013

Do caos

Pensamos naquele momento calmo
Em que o caos é apenas fragmento
Uma das diversas engrenagens
Que julgamos necessárias
Começamos a aprender
Que sem prisão não há liberdade
Sem ida, não há volta
Sem ofensa, não há perdão
E o caos é apenas parte da calmaria
Sutileza está tão distante
Reprimo uma vontade 
que ora é necessidade
Ora é capricho
Já tive um passarinho
Preso na gaiola
Passarinho também já fui
Criado e amansado
Uma vez aberta a porta
Não quis voar
Precisei ser arrancado
Para rasgar os céus
Alcei vôo, rodeei o mundo
Admirei terras e mares
E acabei por retornar
Nem caos, nem cais
Quero apenas existir 
De novo passarinho


1 Comments:

Blogger  said...

Nada como voar e ser voado!
Lindo texto!

8:40 AM  

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