Quem se importa?
Chamem de ciúme, ou de inveja. Digam que é infantilidade, que eu deveria ser menos egoísta.
Riam de mim e apontem-me na rua.
Não importo, quando a verdade é que eu queria estar no lugar dele.
Joguem pedras, me arrastem pelas esquinas.
A verdade sempre esteve na minha frente enquanto fechei os olhos para ela.
Tapem os ouvidos e me ignorem.
Meu grito já não passa de um sussurro e ninguém se importa.
De que adianta lutar contra toda essa distância que nos separa?
Apostem, torçam da maneira que acharem melhor.
E quando tudo parecia começar a sossegar em mim, uma facada fez todo o sangue do meu peito escorrer.
Ferida aberta por minhas próprias mãos enquanto chamava por você.
Estava longe demais para ouvir.
E no final das contas, quem se importa?