Sala de Origami

segunda-feira, junho 27, 2011

Quem se importa?

Chamem de ciúme, ou de inveja. Digam que é infantilidade, que eu deveria ser menos egoísta.
Riam de mim e apontem-me na rua.
Não importo, quando a verdade é que eu queria estar no lugar dele.
Joguem pedras, me arrastem pelas esquinas.
A verdade sempre esteve na minha frente enquanto fechei os olhos para ela.
Tapem os ouvidos e me ignorem.
Meu grito já não passa de um sussurro e ninguém se importa.
De que adianta lutar contra toda essa distância que nos separa?
Apostem, torçam da maneira que acharem melhor.
E quando tudo parecia começar a sossegar em mim, uma facada fez todo o sangue do meu peito escorrer.
Ferida aberta por minhas próprias mãos enquanto chamava por você.
Estava longe demais para ouvir.
E no final das contas, quem se importa?

quinta-feira, junho 09, 2011

Tenha dó de mim

Quisera eu não falar de sentimentos
enquanto esses momentos falam de mim
E esperar pela minha felicidade
enquanto a saudade toma conta de mim
Fosse eu o dono do meu coração
enquanto a razão me abandonasse assim
Quisera eu não desejar seus abraços
implorar que seus braços se ocupem de mim
Por que agora que você foi embora
o meu peito chora em solidão sem fim
E mesmo ainda que o sol brilhe
e o dia fervilhe em borboletas no meu jardim
Aqui dentro minh'alma em pranto
jogada num canto judia de mim
Se contorce pedindo alento pra acabar com esse sofrimento
que não tem mais fim
Muda, ela grita, uma melodia aflita:
Tenha dó de mim...
Tenha dó de mim...
Tenha dó...

de mim...