sexta-feira, julho 29, 2011

Cotidiano

Se sentou à mesa, abriu o jornal.
Sem mover os olhos da notícia, pegou sua xícara de café e levou à boca.
Estava bem quente, do jeito que ele gostava.
Repousou a xícara de volta no pires e passou a página.
Neste momento, as paredes sumiram e uma brisa fina percorreu a cozinha.
A mesa, a cadeira e tudo em volta começou a flutuar.
De repente a grama em volta da casa já não era mais grama... eram núvens.
Deslizava em direção ao mar e podia ouvir o som das gaivotas bem próximo.
Um barquinho ao longe brigava contra as ondas num balanço frenético.
Ao se aproximar, ouviu a espuma das ondas borbulhar. Lambia a praia e voltava ao infinito.
O pulsar das águas era constante, delicioso.
Caminhou sobre a areia fina e brilhante, sentiu ela entrar entre os dedos e fazer cócegas.
Deitou-se no chão, fechou os olhos e esperou que a água lhe cobrisse por inteiro.
Ninguém nunca iria descobrir o prazer que era estar ali todas as manhãs!

1 Comments:

Blogger  said...

Depois de tanto tempo, algo me trouxe até aqui.
E me surpreendi...

8:52 AM  

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